O técnico Marcelo Cabo apontou pontos positivos e negativos, além das lições que tira da derrota para o Corinthians na noite de quarta-feira (26), que culminou com a eliminação do Remo da Copa do Brasil. O treinador azulino acredita que Adson deveria ter recebido cartão vermelho pela entrada em Pedro Vitor no primeiro tempo, mas salientou a falha defensiva no primeiro gol corintiano e parabenizou o elenco pela competitividade diante de um adversário de nível técnico e econômico superior.
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“Eu tenho que parabenizar os meus atletas. Você vai numa Copa do Brasil contra o Corinthians, faz o placar agregado de 2 a 2, é competitivo dentro da Arena, toma um gol com um minuto, suportar essa pressão e consegue equilibrar o jogo, então meus jogadores estão de parabéns pelos 180 minutos que eles fizeram nessa fase da Copa do Brasil, mas a gente lamenta essa eliminação por tudo que a gente criou nesses 180 minutos”, resumiu Cabo.
O lance mais polêmico da partida aconteceu aos 28 minutos da primeira etapa, quando o atacante Adson deu uma entrada violenta no atacante azulino Pedro Vitor. O árbitro marcou falta e deu cartão amarelo para o atacante alvinegro, mas, no entendimento de Marcelo Cabo, a infração merecia uma punição maior.
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“Eu lamento a não expulsão do Adson aos 28 minutos do primeiro tempo. Eu tenho a imagem. É uma imagem clara de expulsão e nem ao menos foi chamado no VAR [árbitro de vídeo]. O Adson faz uma falta que é quase na canela do Pedro [Vitor]. Acho que uma expulsão de um atleta do Corinthians aos 28 minutos do primeiro tempo mudaria, talvez, o panorama do jogo”, apontou o comandante azulino.
Técnico tira lições de jogos contra o Corinthians
A pressão sofrida para o Corinthians e suportada durante a maior parte da partida em São Paulo deu mostras de que o Remo pode brigar pelo acesso à Série B do Brasileiro. O nível elevado do adversário dá esse entender, afirmou Marcelo Cabo.
“A maior lição que a gente tira desse jogo diante do Corinthians é enxergar a capacidade do Remo, dos seus jogadores e da sua equipe, para que a gente faça uma sequência de temporada como a gente fez nesses dois jogos. A maior lição é entender os pontos positivos que a gente carrega desse placar agregado de 2 a 2, em 180 minutos, diante de uma equipe do tamanho do Corinthians”, exaltou.
“A gente tem que se organizar, planejar essa sequência, porque a gente tem uma estreia de Campeonato Brasileiro na quinta-feira (04/05). E essa equipe, hoje, nesses 180 minutos com o Corinthians, mostrou que tem capacidade de buscar esse acesso, que é a nossa competição mais importante da temporada”.
Confira outros pontos da entrevista de Marcelo Cabo
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Análise geral da partida
“A gente tomou gol muito cedo. Uma jogada individual do Adson, ele percorreu quase 30 metros, a gente teria que ter parado a jogada lá no início. A gente toma o gol com 1 minuto e meio, isso trouxe o Corinthians para cima da gente, uma marcação mais alta, um gol que eleva eles logo no início da partida. A gente já presumia que poderia sofrer essa pressão nos primeiros 10/15 minutos e era importante a gente suportar esse início ser tomar o gol. O Corinthians teve uma posse de bola muito grande, mas a gente não foi muito ameaçado ainda no primeiro tempo. Tínhamos o controle do jogo e criamos poucas chances. A gente consegue se organizar melhor no intervalo e, no meu entendimento, a gente voltou melhor no segundo tempo. Conseguimos bloquear todas as ações do Corinthians e ter um pouco mais de volume de jogo. Entendo que a gente criou algumas boas oportunidades que a gente poderia ter saído com gol”
Postura diferente em São Paulo
“A gente tem que ser realista. A atmosfera aqui, a pressão que o Corinthians estava tendo para esse jogo, a gente sabia que o comportamento deles seria diferente do que foi no Mangueirão. Lá a gente encontrou uma equipe que nos ofereceu espaço para jogar, uma marcação menos pressão, menos encaixada. A gente sabe da diferença que foi de cada jogo”.
Classificação perdida nos pênaltis
“A gente sai entristecido. A gente queria muito entregar essa classificação ao nosso torcedor, eles vieram aqui, nos apoiaram, incentivaram. Acho que os jogadores deram uma resposta positiva nesses dois jogos e agora é virar a página, focar no Cametá no domingo, que é um jogo importantíssimo que a gente tem dentro de casa, com o apoio da nossa torcida, carimbar o passaporte para a final do Paraense”.
Fonte: Esporte – OLiberal.com