Com a morte do Papa Francisco em abril de 2025, a Igreja Católica se prepara para um dos momentos mais decisivos de sua história recente: o conclave que escolherá o novo pontífice. A votação reunirá 135 cardeais de 73 países no Vaticano e promete refletir a diversidade e os desafios contemporâneos enfrentados pela Igreja.
Entre os principais nomes cotados para assumir o trono de Pedro estão o italiano Pietro Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, e o também italiano Matteo Zuppi, conhecido por seu perfil progressista e atuação em missões de paz. Correm por fora o filipino Luis Antonio Tagle, representante da crescente força da Igreja na Ásia, o congolês Fridolin Ambongo Besungu, com forte atuação social na África, e o português José Tolentino de Mendonça, que desponta como uma liderança europeia de perfil pastoral e cultural.
O Brasil, país com o maior número de católicos no mundo, estará representado no conclave por sete cardeais, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Com 74 anos, Dom Orani tem trajetória marcada pela organização da Jornada Mundial da Juventude de 2013 e pelo trabalho de evangelização urbana. No entanto, analistas indicam que suas chances de ser eleito papa são baixas. Embora respeitado, o cardeal brasileiro não figura entre os chamados “papabili” — termo usado para descrever os favoritos à sucessão papal.
A eleição do novo papa ocorrerá em meio a desafios como a continuidade das reformas iniciadas por Francisco, o papel das mulheres na Igreja, a transparência financeira e a resposta às crises sociais e ambientais globais. A escolha de um pontífice de fora da Europa — especialmente da Ásia ou da África — é vista como uma possibilidade concreta e simbólica de uma Igreja cada vez mais global e inclusiva.
Enquanto os holofotes se voltam para Roma, permanece a expectativa sobre quem conduzirá a Igreja Católica neste novo capítulo de sua história.