Gamers ganham salário fixo de até US$ 600 mil ao ano

São Paulo — Ganhar até US$ 600 mil (R$ 3 milhões) por ano, como salário fixo, para jogar games pode parecer inimaginável para quem desconhece o mundo dos esportes eletrônicos, os e-sports, mas essa é a realidade de um negócio que movimenta cerca de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão) no planeta a cada ano.

Além dos ganhos fixos, o jogador profissional ainda pode ver a renda aumentar e muito com ações envolvendo empresas parceiras da equipe da qual faz parte. Assim como acontece no futebol, os games se tornaram fonte de renda capaz de sustentar muitas famílias.

“Para quem olhava game como uma coisa só para distrair o filho, acho que esse conceito está caindo. Todo mundo joga hoje em dia”, afirma o general manager da Team Liquid, Rafael Queiroz.

Queiroz afirma também que o Alienware Training Facility em São Paulo é, para os e-sports, o equivalente aos centros de treinamento oferecidos a atletas de grandes clubes de futebol, como Real Madrid, Barcelona e Manchester United. “A gente está aqui no alto da pirâmide”, diz.

Apesar da dedicação intensa dos jogadores, Queiroz diz que existe um cuidado para que o dia a dia seja equilibrado com outras atividades. “A gente tem essa preocupação interna. Com os atletas profissionais, a gente tenta balancear a rotina, o bem-estar, junto com a rotina profissional, que é desgastante”, explica.

O representante da marca no Brasil diz que não apenas jogadores e influenciadores se beneficiam do mercado dos games no país. Segundo Queiroz, profissionais da área técnica que estejam se formando com foco nessa área também podem se dar muito bem.

Os games movimentam cerca de US$ 2,7 bilhões (R$ 13 bilhões) por ano somente no Brasil. A instalação de um centro de treinamento de 13 andares em um bairro rico da capital paulista está inserida nesse contexto. “A gente não está mirando algo imediato, mas um crescimento exponencial ao longo dos anos. Mostra a seriedade e o profissionalismo que a gente enxerga no mercado de e-sports”, afirma Queiroz.

Apesar de as cifras surgirem em profusão durante a conversa, tem um número que Queiroz não abre: o quanto foi investido, especificamente, no número 903 da Avenida Angélica. “A gente não passa um número exato, até por uma questão de contrato, sigilo, mas foram milhões de dólares envolvidos. É um contrato de longo prazo”, diz.

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Fonte: Metrópoles