Nesta segunda-feira (18), o futebol brasileiro lamenta a perda do ex-zagueiro Marinho Peres, jogador icônico de equipes renomadas como Internacional, Santos e Barcelona, além de também capitão da Seleção Brasileira na década de 1970. Aos 76 anos, o ex-atleta morreu na madrugada desta segunda em Sorocaba, no interior de São Paulo.
A saúde de Marinho Peres estava fragilizada desde 2019, quando enfrentou um acidente vascular cerebral (AVC). Passou o último mês em um hospital particular de Sorocaba. Ele estava internado para se recuperar de uma pneumonia, além de ter sofrido complicações nos rins e no coração.
Como jogador, ele alcançou o título brasileiro com o Internacional em 1976, deixando sua marca na história do clube. Já na carreira como treinador, Marinho Peres passou por times notáveis como Santos, Botafogo e Juventude, contribuindo com sua expertise para o desenvolvimento do futebol no Brasil. Pela Seleção, foi titular e capitão da equipe que disputou a Copa do Mundo de 1974.
Quem foi Marinho Peres?
Marinho Peres, um dos mais celebrados zagueiros da década de 1970, deixou uma marca indelével no futebol brasileiro e internacional. Com passagens marcantes por times como Internacional, Santos e pela Seleção Brasileira, sua trajetória transcendeu o campo de jogo.
Sua carreira, que quase não aconteceu, teve início no São Bento, mas foi na Portuguesa que ele se destacou, abrindo caminho para integrar os esquadrões de destaque dos anos 70. A partir de então, Marinho Peres compartilhou os gramados com lendas como Carlos Alberto Torres, Edu e Pelé no Santos.
Em 1974, assumiu a braçadeira de capitão da seleção brasileira, liderando uma equipe que, apesar de não repetir o feito de 1970, manteve-se invicta nos primeiros cinco jogos da Copa do Mundo, até ser superada pela revolucionária Holanda de Rinus Michels.
Passagem conturbada pelo Barcelona
A sua jornada no Barcelona, sob o comando de Cruyff, marcou um período de aprendizado intenso. No entanto, uma convocação surpresa para o exército espanhol o levou a uma difícil decisão: servir ou fugir. Marinho Peres optou pela segunda, tornando-se um fugitivo da justiça até os anos 90, quando finalmente pôde retornar ao Brasil.
No Internacional, ao lado de Elías Figueroa, consolidou uma das parcerias defensivas mais memoráveis do clube, ajudando a dominar o futebol brasileiro em 1976. Posteriormente, vestiu a camisa do Palmeiras na era da “Segunda Academia”.
Revelou Figo, lenda do futebol português
Sua carreira como treinador em Portugal, apesar de não ser repleta de títulos, é marcada por uma contribuição valiosa: a promoção do jovem talentoso Luís Figo. Marinho Peres é recordado com carinho em solo português, onde sua influência foi além das conquistas.
Assim, Marinho Peres, seja como jogador ou treinador, pode não ter acumulado inúmeros troféus, mas sua história é uma das mais ricas no mundo do futebol.
Fonte: Esporte – OLiberal.com