A americana Laura Barajas, de 40 anos, sofreu uma grave infecção após comer uma tilápia mal cozida em casa no início de agosto deste ano. O quadro causado pela bactéria Vibrio vulnificus foi tão grave que os médicos precisaram colocá-la em coma induzido — Laura precisou ter os quatro membros amputados de uma só vez na última quarta (13/9) para evitar o avanço da infecção.
A V. vulnificus é uma bactéria encontrada em espécies marinhas, mas pode infectar peixes de rio em casos raros. O patógeno normalmente é eliminado em qualquer processo de cozimento ou mesmo durante o congelamento, mas quando é ingerido por humanos, pode levar a graves complicações.
“Ela pode causar febre, diarreia, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. Em casos graves, pode levar à infecção generalizada e, em 60% dos casos, a lesões nas extremidades do corpo”, diz o Manual das Doenças Transmitidas por Alimentos da Secretaria de Saúde de São Paulo.
Mulher amputada infecção tilápia mal cozida (2)
Laura foi contaminada por uma bactéria depois de comer uma tilápia
Reprodução/GoFoundMe
Mulher amputada infecção tilápia mal cozida (3)
Laura teve braços e pernas amputados após comer tilápia mal-cozida
Reprodução/GoFoundMe
Mulher amputada infecção tilápia mal cozida (1)
Laura era responsável pelo cuidado do filho e dos enteados
Reprodução/GoFoundMe
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Como Laura teve os membros amputados?
No caso de Laura, a bactéria se instalou no organismo e não respondia ao tratamento padrão. “Os médicos a colocaram em coma induzido. Seus dedos estavam pretos, assim como os pés e o lábio inferior. Ela estava com sepse completa e seus rins estavam falhando”, descreveu Anna Messina, amiga da família, em entrevista ao site KRON.
A equipe médica decidiu que o melhor caminho para salvá-la era amputar os braços e pernas para impedir que os tecidos mortos acumulados nestas regiões agravassem a infecção.
O tratamento já consumiu todas as economias da família. De acordo com a campanha do GoFound Me, que tem buscado reunir dinheiro para ajudar a americana, Laura comprou o peixe contaminado em um mercado local em San Jose, na Califórnia.
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Fonte: Metrópoles