“Igreja marajoara, formada por todos nós”. Essa é a expressão que resume a trajetória da Prelazia do Marajó, que neste dia 14 de abril celebra 97 anos de missão, fé e serviço ao povo marajoara. Criada pela bula Romanus Pontifex do Papa Pio XI, em 1928, a Prelazia foi confiada aos cuidados da Ordem dos Agostinianos Recoletos, que deixaram marcas profundas na história pastoral da região.
A caminhada pastoral teve início com Dom Gregório Alonso Aparício, primeiro bispo (1930-1965), seguido por Dom Alquilio Alvarez Diez (1965-1985), Dom José Luis Azcona Hermoso (1987-2016), Dom Evaristo Pascoal Spengler (2016) e, atualmente, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira (2024), da Sociedade das Divinas Vocações.
Hoje, a Prelazia conta com 24 presbíteros e dois diáconos transitórios. Estão presentes oito padres diocesanos, dez freis Agostinianos Recoletos, três missionários da Comunidade Providência Santíssima e três padres “Fidei Donum” enviados pela Diocese de Tarnów, na Polônia.
A estrutura pastoral é dividida em três regiões: Norte (Chaves, Afuá e Anajás), Ilhas (Breves, Bagre, Melgaço e Portel) e Campos (Soure e Salvaterra). Esses municípios formam nove paróquias — com destaque para Breves, que abriga duas delas — e reúnem mais de 600 comunidades eclesiais, sustentadas pelo protagonismo dos leigos e leigas que animam a fé do povo, com celebrações dominicais e ações pastorais.
Mesmo com as distâncias e desafios logísticos da região, cada comunidade recebe ao menos uma visita anual de um presbítero. Esse modelo de Igreja sinodal, que valoriza os ministérios leigos e a participação ativa das comunidades, é uma marca da ação evangelizadora na Ilha do Marajó.
Ao celebrar quase um século de história, a Prelazia reafirma seu compromisso com o povo marajoara, sustentada pela fé, tradição e o cuidado pastoral que se renova a cada dia.
Nossa Senhora da Consolação, padroeira da Prelazia, segue sendo inspiração e intercessora nesse caminho de fé.