Durante escavações em Israel, arqueólogos encontraram um recibo de transação comercial emitido há dois mil anos. O documento, inscrito em uma tabuleta de calcário, foi achado na região da praça baixa da cidade, localizada ao longo da Estrada de Peregrinação. O artefato remonta ao período do Segundo Templo (516 a.C.–70 d.C).
De acordo com os pesquisadores, as sete linhas preservadas da inscrição incluem nomes hebraicos com letras e números escritos ao lado deles. Por exemplo, uma linha inclui o final do nome ‘Shimon’ seguido da letra hebraica ‘mem’, e nas outras linhas há símbolos que representam números. Alguns dos números são precedidos por seu valor econômico, também marcados com a letra hebraica ‘mem’, abreviação de ma’ot (hebraico para ‘dinheiro’), ou com a letra ‘resh’, abreviação de ‘reva’im ‘ (hebraico para “trocados”).
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“O cotidiano dos habitantes de Jerusalém que aqui residiam há dois mil anos está expresso neste simples objeto. À primeira vista, a lista de nomes e números pode não parecer empolgante, mas pensar que, assim como hoje, também eram usados recibos no passado para fins comerciais, e que tal recibo tenha chegado até nós, é um achado raro e gratificante que permite vislumbrar a vida cotidiana na cidade santa de Jerusalém”, diz uma nota da Autoridade de Antiguidades de Israel. Veja também:Sarcófago aberto revela bisavó loira do faraó TutancâmonPegadas humanas de 300 mil anos são achadas na AlemanhaCálice usado por Jesus pode estar embaixo de igreja polonesaUm artigo recente publicado na revista arqueológica ‘Atiqot’ aponta que outras inscrições hebraicas semelhantes foram documentadas até agora em outras regiões de Israel, todos contendo nomes e números esculpidos em pedra datando do início do período romano. Este, porém, é o primeiro recibo a ser encontrado até agora dentro dos limites da cidade de Jerusalém naquela época. “A cada descoberta, nossa compreensão da área se aprofunda, revelando o papel central desta rua (a Estrada da Peregrinação) na vida cotidiana dos habitantes de Jerusalém há dois mil anos”, disse Eli Escusido, Diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias